quinta-feira, 12 de maio de 2016

Alguns dos velhos hábitos

Não será incomum ver alguns destes poemas sem rimas por aqui, já deixo avisado.

Há algum tempo atrás peguei a mania de fazer alguns versos, quase que numa brincadeira de correspondências. Este é um dos meus velhos hábitos.

Teve épocas que pausei... Teve épocas que escrevi e logo após deletei. E já deletei muita coisa, procurando apagar do passado algumas lembranças...

Hoje escrevo, e por escrever vou postando aqui e acolá, algo que me vem à mente.

Largar este velho hábito? Não sei mais se consigo. Mas, paradoxalmente, escrevo para tentar fazer da palavra, não dita, o poema Pausado

Pausado

Então, se hoje penso
Não mais lhe escrevo
Lhe expor meu íntimo
- sentimentos,
Ternar-te-ia vulnerável, jovem
De certo que
Ao tampar ferida
Cicatrizar ferida
Apago de meus papeis
- os reais dizeres
Disso, grifos vindos de mim
Mil palavras viriam, mais viriam, viriam mais
E, assim, perco todo um acervo de passados
- sentidos na pele
Se os guardo de ti,
Os protejo de minha ira
- que virá, que sempre virá
E, após turbulência
Quiçá virar construção?
Eis que, por zelo à palavra
Não dita, a farei

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