quinta-feira, 19 de maio de 2016

De tantas andanças - nem tantas.
Acabo por viver,
e nesta vida: ver.

Não só ver,
sentir, observar
a vida: passar. 

Gosto de ser coadjuvante, de ver a vida fluir por outras pessoas. É interessante entender que não só a minha história corre no lapso temporal deste nosso mundo. A cada pessoa que se encontra na rua, uma história ambulante! É a vida, são as pessoas... É a vivência. 

E nessa, vivi uma história muito bacana. Secreta, porém bonita. Para tanto, escrevi Amores Garrafais 

Amores garrafais
Por duas semanas, ou mais
Amei incondicionalmente
Por dois dias, ou menos
Gostei de ti, morena
Da maciez, serenidade que nunca vi igual
Engarrafada em algum lugar,
Você poderia estar aqui
Mas este medo é recíproco demais
Infernal se faz meu peito
Tanto pra arder, de tal jeito
Que aliviado sorri
Soneto, sofri demais
E por duas semanas, ou mais
Te amei, sem dizer o adeus
Adeus, se quiser direi
Mas o que fazer, se nada mudou?
Sem rima, restou
Sem rima, estou
Sem rima estive...
Sempre estarei?
Quem rimará comigo, morena?
Castigo, ficou cravado em noites
Clandestinos, aqueles arranhões

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Das conversas num beco

Sempre gostei de conversar... As vezes as pessoas não têm paciência de levar uma boa prosa por um longo período de tempo. Hoje em dia é tudo rápido, tudo instantâneo, e as relações pessoais também começam e terminam numa lógica de the flash.

"Bom mesmo é ter uma tarde pra jogar fora o tempo, bater papo furado"

Num desses momentos de conversar fiado, os diálogos são tantos, e criativos... Segue um trecho de um diálogo criado numa tarde/noite dessas.

- Lembra quando lhe falei da pequena cozinha? Aquele pequeno prato imperceptível… E ninguém o notara… Utilizado tão pouco… Mas naquela música ele foi maestro. Sem ele ali talvez, a ida não valeria à pena. - E você já ria, e eu já com a cara vermelha por causa do álcool… Sabia que eu sempre tinha algo inusitado a falar sobre o instrumental, mas ficara calada, assim como agora, só a observar a palestra subjetivamente professada por mim.
- Gosto de deixar você falar, pra aprender e entender. E com musica você parece criança, você brinca com cada palavra que diz sobre… Aí eu te observo… cantando junto com o musico que toca.

Das conversas num beco, saudades.

Att. João Ninguém

Alguns dos velhos hábitos

Não será incomum ver alguns destes poemas sem rimas por aqui, já deixo avisado.

Há algum tempo atrás peguei a mania de fazer alguns versos, quase que numa brincadeira de correspondências. Este é um dos meus velhos hábitos.

Teve épocas que pausei... Teve épocas que escrevi e logo após deletei. E já deletei muita coisa, procurando apagar do passado algumas lembranças...

Hoje escrevo, e por escrever vou postando aqui e acolá, algo que me vem à mente.

Largar este velho hábito? Não sei mais se consigo. Mas, paradoxalmente, escrevo para tentar fazer da palavra, não dita, o poema Pausado

Pausado

Então, se hoje penso
Não mais lhe escrevo
Lhe expor meu íntimo
- sentimentos,
Ternar-te-ia vulnerável, jovem
De certo que
Ao tampar ferida
Cicatrizar ferida
Apago de meus papeis
- os reais dizeres
Disso, grifos vindos de mim
Mil palavras viriam, mais viriam, viriam mais
E, assim, perco todo um acervo de passados
- sentidos na pele
Se os guardo de ti,
Os protejo de minha ira
- que virá, que sempre virá
E, após turbulência
Quiçá virar construção?
Eis que, por zelo à palavra
Não dita, a farei

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Introdução

Pois bem, cá estou.

Prezado, 

Venho por este expor breve apresentação.

"De saber do mundo lendo e ouvindo o mundo." 

Desde moleque, obrigado pelos professores do ensino fundamental a dedicar parte do dia à leitura: a eles, meu "muito obrigado".

Desde moleque, curioso com aquele vinil do Led Zeppelin IV, do meu pai, ou o do Kiss (o qual não lembro o título), curioso nas letras que minha mãe cantava o dia inteiro...

Curioso com o que meu irmão e seus amigos estavam escutando...

Sempre curioso.

Estudo... Não, não o habitual ofício de absorver conteúdo que o Ministério da Educação propõe; na verdade, este também, concluí o ensino médio na rede de Escola Pública e graduei-me em Direito, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, fatos importantes na minha breve vida.

Mas, quando digo que estudo, quero dizer que pratico o hábito de sempre estar lendo, conversando, acrescendo algo à minha pessoa... Este estudar, ter alguma curiosidade... Então, este sou eu. 

Não pretendo prolongar. No mais, e desde já, peço desculpas pelo que aparecer a posteriori.

Att. Emanuel Bessa