segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Clarice, elas e tantas outras

Está sendo mais um dia comum, apesar de ser um com menos serviço que o de costume. E isso é bom. Pena que a mente fica alarmada "não está correto, isso não está. Onde está o serviço? Já está chegando... Não abaixe a guarda" - pois bem, a mente não desliga. Não dorme muito também.

Como sempre, o serviço dá uma trégua e vou logo no Twitter, dar uma conferida nas notícias. NFL já começou, o Cruzeiro perdeu, a poeira na política abaixou e o trânsito da capital continua engarrafado naqueles mesmos lugares.

Dentre tantos links, me aparece um da Folha de São Paulo, redirecionando à Coluna que o Gregório Duvivier ministra. 

O Gregório todo mundo conhece, não é? Aquele engraçado, criador do Porta dos Fundos. Uma figura e tanto. Pois bem, como ia falando, nesta segunda-feira ele escreve em sua Coluna "Desculpe o transtorno, preciso falar de Clarice".

Em síntese, ele escreve uma declaração para a Clarice Falcão. Aquela, que é engraçada também, e canta com preguiça, igual muita gente ultimamente. Por falar nisso, acho engraçado a moda de cantar com preguiça: e não gosto.

Lendo o texto, me veio à cabeça, das Clarices que habitam nosso mundo. 

As vezes, você não viajou o mundo com uma, mas passou aquele carnaval mais ou menos, numa cidade pequena, mas que foi legal: Clarice estava lá... Não dançava jazz, mas um forró bonito e modesto, do qual, as vezes, nem deu tempo de compartilhar uns paços errados. As vezes nunca houve oportunidade de ver algum filme, ou ela simplesmente não queria, talvez Clarice nunca existiu.

Mesmo assim, é bom ver que alguém vê a Clarice assim, desta forma. No fim, o Duvivier relata o seguinte:

"Essa semana, pela primeira vez, vi o filme que a gente fez juntos - não por acaso uma história de amor. Achei que fosse chorar tudo de novo. E o que me deu foi uma felicidade muito profunda de ter vivido um grande amor na vida. E de ter esse amor documentado num filme - e em tantos vídeos, músicas e crônicas. Não falta nada."

"Não falta nada" - Achei bonito e queria compartilhar estes pensamentos. Eu entendi essa expressão do Duvivier como outra que, não lembrando ao certo a autoria, dizia que se uma pessoa realmente ama a outra, não busca prendê-la a si, mas sim a deixa-la livre para fazer suas escolhas.

Livre e espontânea vontade de estar com outra pessoa, ou não estar. Sentir a felicidade de ver a pessoa bem, independentemente dela estar ou não ao seu lado.

Pois bem, não sei escrever textos muito bem, muito menos finaliza-los. O que queria mesmo era falar sobre Clarice.

No mais, uma boa tarde.

Att. João Ninguém