domingo, 19 de junho de 2016

Dona Elena

Então, foi mais um daqueles finais de semana bastante agradáveis. Na verdade, foi um sábado, onde reencontrei bastante amigos.
Nos meus últimos períodos da faculdade, tive a oportunidade de ser extensionista num projeto chamado PUC Mais Idade. Alunos extensionistas de vários cursos trabalhavam com as turmas de idosos atividades referente ao seu respectivo curso. Depois de tudo, vi que foi a melhor coisa que fiz em minha graduação.
Pois bem, formei e não mais participo do projeto de extensão, mas ele continua. E neste sábado foi a festa junina onde todos, a professora coordenadora do projeto, os extensionistas e os alunos - aqui utilizo a palavra aluno para qualificar os idosos do projeto, pois eram os mais jovens ali, cheios de vivacidade, de vontade de aprender e de interagir. Então, continuando... Estava eu lá, a convite de todos, para participar da festa.
Na época do projeto, houve mobilização para criar um coral. Foi uma coisa simples, voz e violão, ensaiamos muito para apresentar as canções e era algo bonito de se ver. Ao sair do projeto, passei a responsabilidade para outro aluno. Este sábado foi a primeira vez que vi eles apresentarem sendo regidos e fiquei bastante feliz. O coral está sensacional, esta mais organizado que antes e estão felizes. Fui convidado para tocar junto, de surpresa, pela professora coordenadora do projeto. Não pude recusar, ter aquela sensação inexplicável de estar com eles. 
Toquei Casinha Branca e Tocando em Frente, e o coral acompanhou bastante. Não esqueceram das músicas, foi como se tivéssemos ensaiados uma semana antes. 
Até quadrilha dancei, daquela forma avacalhada de ser e de viver (risos)!
Pois bem, a tarde divertida já terminara, mas não pra mim. Neste dia, tive de ir para Belo Horizonte. Acabei dando carona para Dona Elena, uma das alunas do projeto. Esqueci de falar, a festa junina foi em Esmeraldas. 
No trajeto, conversamos bastante. Foi nesta oportunidade que Dona Elena me contou sua história de vida, e simplesmente foi fantástica. A história dela é digna de um livro, um best-seller.
Me contou da vida dela em Ponte Nova, de como conheceu seu falecido marido, de sua vida com ele, dos filhos... Nisso, ela me disse que quando me viu tocar pela primeira vez o violão, na época que eu participava do projeto, disse que eu a fiz lembrar de seu marido.
Segundo ela, ele era autodidata, tocava vários instrumentos musicais. Diz Dona Elena que eu tocara igual ele, do mesmo jeito de pegar o violão, da mesma forma de marcar o compasso com o pé... Hoje de manhã até toquei um violão pensando nisso. 
Fiquei bastante honrado em ser comparado ao falecido marido dela, ela fala dele com tanto amor e carinho, da saudade que sente dele, de suas últimas palavras pra ela, escritas numa carta... Sim, foi uma história bastante comovente, muito bonita.
O trajeto estava no fim, estacionei o carro num posto de gasolina, quase em frente da UFMG, esperando uma das filhas de Dona Elena chegar para buscá-la. Antes de partir, ela me mostrou um recorte de jornal de Ponte Nova, na qual ela não conseguira ler pra mim sem engasgar algumas lágrimas. Neste recorte, em plastificado, ela me mostra uma mensagem aos amigos de Ponte Nova de gratidão para com todos, na época do falecimento de seu marido.
De antemão, peço desculpas à Dona Elena, mas deixarei aqui a foto deste recorte. É uma forma de não deixar esquecido algo tão importante.



quarta-feira, 1 de junho de 2016

Eu e o basquete

Cá estou para falar sobre... Ah, vai saber o que, né? Hoje é sobre basquete!

A NBA está num momento decisivo, e não demora a começar a final nacional, entre o campeão da Conferência Oeste (Golden State Warriors) e o campeão da Conferência Leste (Cleveland Cavaliers). Vai ser um jogão, e estou torcendo pros Cavs.

Mas por qual motivo eu iria torcer pros Cavs? Ano passado não estava na torcida pela vitória dos Warriors na NBA?

Senta que lá vem a história... Essa história começa com o Futebol Americano. Sim, foi este esporte que meu primo Vivico me fez assistir e apreciar. É muito divertido e, como bom pupilo que sou, tornei-me torcedor do Buffalo Bills por influência dele. 

O Vivico sempre foi um grande fã de futebol americano e do basquete.

Ocorre que em 2015 eu, engajado no movimento estudantil da faculdade, resolvi incentivar alguns alunos a participarem como atletas na Atlética de meu curso. Como o campus em que os treinos ocorriam era em outra cidade, vizinha, acabei por me disponibilizar para levar alguns alunos junto comigo, no carro.

Como incentivo pessoal, resolvi treinar em algum esporte e, por incrível que pareça, nos meus 1,70 m de altura, me interessei pelo basquete. A galera era (e ainda é) legal, o ambiente é competitivo e sadio. Gostei e comecei a me entrosar.

Aconteceu em uma competição, na qual ficamos em segundo lugar, de ter um jogo da semifinal onde o time jogou de tal forma que me deixou bastante empolgado, foi uma sensação inexplicável.

Pois bem, voltando ao assunto, neste meio termo, conversando sobre basquete no grupo, acabo por começar a me interessar mais em assistir aos jogos da NBA e, como bom pupilo que sou (do meu primo Vivico), acabei escolhendo o Chicago Bulls como meu time.

Nunca vou esquecer o dia em que meu primo, lá na casa da tia Elza, contando das jogos que assistia quando mais novo, da empolgação em demonstrar a paixão pelo basquete, me mostrando um velho exemplar, edição limitada, todo em  inglês, falando da ontológica temporada 1995-1996 do Bulls, do recorde em vitórias na temporada regular (hoje batido pelo Warriors), e a conquista do título da NBA naquele ano. Isso sim me fez torcer ainda mais pro Bulls. 

Reconheço, Stephen Curry e Klay Thompson jogaram monstruosamente, e ajudaram o time a bater o recorde do Bulls (72 vitórias na temporada regular), nesta temporada 2015-2016, com 73 vitórias na temporada regular. Mas eu sou Bulls, e serei Bulls. Já bateram este, já ganharam o título da sua respectiva Conferência... Se ganharem a NBA, ai sim bateram o lendário time do Bulls, de Jordan, Rodman, Harper, Kerr e companhia.

Por falar nisso, Steve Kerr, que jogou no Bulls de 1995-96, hoje é o treinador do Golden State Warriors. Foi mau Kerr, obrigado por 95-96, mas o Bulls é maior que você (risos).

Então, nesta temporada, estou torcendo pros Cavs ganharem a NBA, para que o Warriors não complete uma temporada superior à do Bulls.

A título de curiosidade, e um dos fatos que me motivaram a publicar este texto hoje, foi uma curiosidade que meu primo Vivico me mandou no e-mail:

O que seria um "double-double" ou um "triple-double"? Ultrapassar mais de 10 pontos, tocos, rebotes, assistências ou roubadas de bola, em um jogo. Se ultrapassar 2 destes quesitos, é um doble, se ultrapassar três é um triple... Mas será que alguém já ultrapassou nos quatro quesitos? Na história da NBA, estas foram as 5 vezes que houve um quadruple-double.

  • 17/02/1994 – David Robinson (SPURS) – 34 pts, 10 rebotes, 10 assistências, 10 tocos;
  • 29/03/1990 – Hakeem Olajuwon (ROCKETS) – 18 pts, 16 rebotes, 10 assistências, 11 tocos;
  • 03/03/1990 – Hakeem Olajuwon (ROCKETS) – 29 pts, 18 rebotes, 10 assistências, 11 tocos;
  • 18/02/1986 – Alvin Robertson (SPURS) – 20 pts, 11 rebotes, 10 assistências, 10 roubadas;
  • 18/10/1974 – Nate Thurmond (BULLS) – 22 pts, 14 rebotes, 13 assistências, 12 tocos.


Foto da capa edição limitada